Para conferir se as tais "lendas urbanas" têm um fundo de verdade ou não, nada melhor do que perguntar a quem tem uma larga experiência com o assunto. O empresário Marcelo Dejon tem em sua garagem carros elétricos desde 2014. “Costumo brincar que o carro não demora dez horas para carregar, demora dez segundos. Você o coloca para carregar e vai dormir, igual fazemos com o celular”, conta.
Dejon vive em uma rotina invejável de sustentabilidade: ele mora em Paraty, onde construiu uma casa que retira toda a sua energia elétrica de painéis solares. Para carregar o veículo, não há grandes dificuldades. Basta o acesso a uma tomada.
“É uma instalação muito simples: uma tomada comum, de 20 amperes, resolve. De preferência, de 220 volts: alguns carregadores não funcionam bem em tomadas de 110 e leva mais tempo para carregar”, explica o arquiteto e urbanista Rogério Markiewicz, que é presidente da ABRAVEi. Ele mora em Brasília, onde trabalha com obras para o mercado imobiliário. “Em todos os nossos projetos, já estamos preocupados com sustentabilidade. Não tem volta.”
Ao contrário daqueles que vivem em casas, ter um carro elétrico na garagem de um prédio pode gerar algumas dores de cabeça. Markiewicz, que mora em prédio, conta que o maior problema é a desinformação. “Principalmente da parte do síndico, que acha que a rede do prédio vai cair quando o carro começar a carregar. A gente tem de explicar que isso não é verdade”, conta.
Ao quebrar a resistência inicial do síndico e dos condôminos, existem duas opções: fazer uma instalação ligada ao relógio individual do morador para a tomada de carregamento do carro, ou então usar uma instalação do prédio com um medidor exclusivo. “Decidi usar uma tomada comum na minha vaga, usando a instalação do condomínio. Ela tem um medidor e eu pago a energia que consumi — o que não costuma passar de R$ 80, sendo que rodo cerca de 900 km por mês”.
Por: revistaautoesporte
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